Nesta semana, iniciativas globais elevaram o tom da discussão em torno de aumentar a proteção das florestas. Em dois diferentes momentos, empresas e governos assinaram compromissos pedindo pelo fim do desmatamento. Ao mesmo tempo, no Brasil, uma pesquisa apontou que 90% dos brasileiros são contra a derrubada da Amazônia.
E a lei de iniciativa popular pelo desmatamento zero já contabiliza mais de 1 milhão de assinaturas. (participe assinando aqui no site) Porém, para a presidente Dilma e o ex-ministro Roberto Rodrigues, um dos representantes do agronegócio nacional, o fim do desmatamento é “utópico” e “demagógico”. Para Rodrigues, desmatamento zero é “coisa errada”.
Quase por unanimidade, 90% dos entrevistados dizem que o desmatamento da Amazônia é ruim para o desenvolvimento do Brasil, pois reduzirá as chuvas e aumentará as temperaturas. A percepção dos brasileiros está alinhada com o que diz a ciência; é da Amazônia que vem a maior parte das chuvas que abastecem os reservatórios de água e as plantações de comida do sul e sudeste do país.
A pesquisa ainda mostra a opinião contrária dos entrevistados nos temas hidrelétricas na Amazônia, expansão da agricultura sobre florestas e código florestal.
De comum, os compromissos internacionais e a pesquisa sobre Amazônia nos revelam que a demanda global por produtos livres de desmatamento é crescente.
E neste novo mundo, o Brasil poderia ser um exemplo de liderança. Temos potencial para sermos o maior produtor de alimentos e maior protetor de florestas do planeta, usando as áreas já abertas em nosso país, que oferecem espaço suficiente para dobrar a produção de alimentos sem desmatar.
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Foto: Greenpeace/Daniel Beltra |
Vale lembrar que com o novo Código Florestal, aprovado em 2012, o governo federal anistiou o desmatamento ilegal, fazendo a alegria daqueles que derrubaram a floresta apostando na impunidade. Outra ameaça está hoje no Congresso Nacional, onde tramitam projetos de lei que colocam em risco Unidades de Conservação e Terras Indígenas, mecanismos que são comprovadamente os mais eficientes na preservação das florestas.
Porém, a escolha de Dilma e de parte do Agronegócio é a de virar as costas para essa realidade. Ao negarem o fim do desmatamento, eles vão não apenas levar mais destruição às nossas florestas, mas também comprometer o futuro da própria agropecuária brasileira.
Mas, se depender de Dilma e do ex-ministro, o Brasil vai continuar olhando para o futuro pelo retrovisor.
(Isso mostra a IGNORÂNCIA dos nossos governantes)
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