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sábado, 4 de outubro de 2014

ESTÁTUAS DA VIRGEM MARIA COMO PERSONAGENS DA CULTURA POP

Arte e inquietude sempre andam de mãos dadas. A artista francesa Soasig Chamaillard produz peças que para alguns podem ser apenas objetos decorativos criativos e bem humorados, e para outros, uma profanação religiosa.




Ela criou uma série com personagens da cultura pop, como o Super-Homem, a Saylor Moon e o Mario Bros., esculpidos em miniaturas de estátuas da Virgem Maria.


Chamaillard explica o objetivo das obras:

Eu cresci em uma sociedade cristã. Minha perspectiva sobre a vida tem sido um resultado do meu ambiente e do meu pano de fundo".

A interação lúdica de muitos ícones da sociedade, as transformações físicas e as combinações improváveis ​​que resultam, culminaram na minha visão do papel da mulher na sociedade.

Este questionamento interior, levou-me a usar um dos ícones mais sagrados no meu trabalho, ou seja, a Virgem Maria.

Inicialmente, eu usava estátuas danificadas, doadas ou descobertas em vendas de garagem, e as restaurava e as transformava.


"Eu 
 certamente não quero chocar aqueles que acreditam, mas sim tocar quem vê”.





A "Super Maria" surgiu do interesse em confrontar dois ícones. 

Soasig explica que, se por um lado, consideramos que a Virgem Maria é uma representação do seu tempo, então, talvez a possamos encarar como uma “Super Mulher” dos tempos modernos: uma mulher extremamente atarefada, que trabalha e simultaneamente, trata da sua família. 

A artista defende, ainda, que existe uma ligação muito interessante entre as suas obras e a religião: os super-heróis personificam o bem e o mal, e os seus super-poderes representam os milagres religiosos.


Ela esclarece que o seu objetivo não é ofender o público católico, e sim explorar ícones, para entender melhor o mundo que a rodeia, e cita Paul Auster (escritor norte-americano)

 “O verdadeiro objetivo da arte não é criar objetos bonitos: é um método de reflexão, um meio de apreensão do universo e de encontrar nele o seu lugar.” Entre a paixão e o ódio: fica a obra.




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