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terça-feira, 14 de outubro de 2014

VEJA COMO O MUNDO ESTÁ LIDANDO COM O VÍRUS EBOLA.

"Você se sente humilhado, como um lixo, e tem vontade de socar alguém", disse John Trye, goleiro reserva da seleção de Serra Leoa, após ouvir um estádio inteiro ecoar o grito contra a sua seleção: "Ebola! Ebola!"






Apesar de estarem longe da epidemia de ebola que tomou conta do país africano, os jogadores da seleção de Serra Leoa sentem na pele o preconceito que a doença tem causado mundo afora. Jogando as eliminatórias da Copa Africana de Nações, tem sido comum para os atletas – que não voltam a Serra Leoa desde julho justamente para evitar a contaminação – ouvirem gritos como o descrito acima.

Mas a atitude não ficou restrita às arquibancadas. Dentro das quatro linhas, os adversários já evitam o tradicional aperto de mãos com os jogadores de Serra Leoa. A troca de camisas depois do jogo – atitude comum e cordial entre os atletas no futebol mundial – também tem sido evitada. Os jogadores chegaram ao hotel que havia sido reservado para eles em Camarões, mas assim que os hóspedes locais souberam da presença deles, começaram a reclamar na recepção. A polícia, então, foi chamada, e a seleção de Serra Leoa teve que mudar de hospedagem – eles foram transferidos para um hotel recém-construído onde ficaram isolados. No jogo contra Camarões – que terminou em 0 a 0 -, os jogadores leoneses também ouviram os gritos: "Ebola! Ebola!".
Apesar dos gritos e do episódio no hotel, os atletas relatam que a experiência em Camarões foi melhor do que a vivida nos países que visitaram em jogos anteriores – República Democrática do Congo e Costa do Marfim.



Seleção da Serra Leoa - Foto: Reuters

"Eles apertaram nossas mãos, pelo menos. Não tiveram medo da gente", disse Alie Badara Tarawalli, um representante da Federação de Futebol de Serra Leoa.

Jogando contra a Costa do Marfim no mesmo mês – nova derrota, agora por 2 a 1 -, além dos gritos da torcida, os jogadores do país evitaram o aperto de mãos com os atletas de Serra Leoa – em vez disso, eles opataram por um leve toque de pulso. A atitude revoltou os jogadores leoneses. "Apertar as mãos é sinal de respeito", disse o meio-campista Khalifa Jabbie. "Estamos sendo tratados como se nós estivéssemos andando por aí carregando a doença", contou o atacante Kei Kamara, também ao New York Times.

Apesar da discriminação que vêm sofrendo, os jogadores de Serra Leoa tentaram contribuir para a conscientização sobre a gravidade do vírus do ebola fazendo campanhas para arrecadar fundos e ajudar a combater o surto. O meio-campista Michael Lahoud e um amigo começaram a compartilhar a hashtag #KickEbolaInTheButt (em uma tradução livre, "chute o ebola no traseiro), enquanto Kei Kamara disse que deu seus últimos salários para a ONG Médicos Sem Fronteiras e doou comida para os doentes de Ebola em um hospital.


Minha opinião: - A ignorância e o preconceito MATAM muito mais que qualquer epidemia e faz muito mais "vítimas" que o Ebola, não apenas na África, mas em TODO o mundo.

Falta MUITO para o ser humano evoluir e aprender a respeitar seu semelhante.





2 comentários:

  1. Você tem razão, Fabiano.

    O momento é de todos ajudarem, os países ricos deveriam ajudar com recursos financeiros e doações do que é necessário, em lugar de gastarem com armamentos.

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    1. Disse TUDO Clarice, acredito que se esta situação de epidemia fosse nos Estados Unidos, já estariam desenvolvendo em caráter de urgência uma vacina.

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